quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Elísio da Rocha Dórea

Conhecido na seara da caridade como Dórea, cognominado “o Apóstolo anônimo da Caridade” pelo nosso querido Élzio Ferreira, nasceu na cidade de Cachoeira  no Estado da Bahia, em 14 de Junho de 1914. Teve seus primeiros contatos com a Doutrina dos Espíritos em torno de 1947, quando da freqüência às reuniões dirigidas pelo confrade Guaraci de Carvalho Lima e esposa, mais tarde filiando-se ao Centro Espírita Obreiros do Bem.

Espírito franco e dedicado profundamente ao serviço filantrópico, auxiliando diretamente ao “pobre”, ao desfavorecido socialmente, fundou o  Lar dos Velhinhos em Alagoinhas, o Lar do Irmão Velho em Feira de Santana, o Centro Espírita Irmão Salustiano em Ribeiro do Pombal, bem como o nosso Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado; além de implantar a Campanha do Quilo em todas as cidades onde residiu.

Espírita convicto, defensor e praticante do Esperanto, da macrobiótica, e da meditação, Dórea é a representação viva do destemor pelo amor profundo em Deus. Suas obras foram e serão sempre lembradas pelo lema da Fraternidade entre as criaturas, pela ação corajosa e permanente demonstração da fé em seus atos


Elísio da Rocha Dórea foi o primeiro presidente da UEVC, após sua fundação oficial. Era muito conhecido por sua generosidade e entusiasmo. Gerente do Banco do Brasil, em 1954 deixou o movimento espírita conquistense, quando foi transferido para a agência de Feira de Santana. Na nova cidade fundou uma casa espírita e um lar para idosos. Em todas as cidades em que morava fundava uma instituição espírita e deixava um relevante trabalho de amparo social. Na foto acima, flagrante de uma Semana Espírita no Centro Espírita Humberto de Campos. À esquerda, o Dr. Élzio Ferreira de Souza, palestrante e promotor de justiça, leitor voraz, possuidor de grande cultura, que desencarnou em 2006 em Salvador, aos 80 anos. No centro, em pé, o Dr. Luiz Barreto. Em 1973 Dórea fundou em Salvador (última cidade onde trabalhou), juntamente com sua esposa Janete, o Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado. Desencarnou em 14 de março de 1985.

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História do Centro Espírita Grupo da Fraternidade Leopoldo Machado


Em 28 de Setembro de 1973 o nosso querido e respeitado Elísio da Rocha Dórea, criou essa Instituição de Filantropia Cristã, amparado pela luz dos espíritos e dos amigos, mas, principalmente, pelo brilho fiel de sua querida esposa Janete e filhos, talvez não imaginassem a amplitude de seu enorme gesto, no que concernem as oportunidades de serviços que se abriram como “Campo Fértil” a permitir a semeadura do trabalho com amor sob as mais diversas formas de expressões. 

Marcando uma etapa profundamente voltada para a assistência social, Dórea, o homem-atitude, era o retrato vivo da caridade imediata, corajosa e desinteressada. Firmou o GFLM-Caridade (1973-a 1976). Mais tarde,  veio o nosso Ricardo Wagner, o homem-humildade, com sua brandura “franciscana” criando na Bahia a saudosa “campanha do quilo”. Firmou o GFLM-Humildade (1977). Veio então o nosso Rubem Prates, o homem-reflexão com sua habitual alegria e espírito aberto a idéias e conceitos orientais como a meditação, a qual praticava. Firmou o GFLM-solidariedade (1978). Com gosto acentuado pelas reuniões mediúnicas, o nosso César Otoniel, o homem-esperança, foi um assíduo freqüentador das campanhas de distribuição da sopa, e mantenedor do incentivo ás atividades de assistência social. Reafirmou o GFLM-Caridade(1979)inicia-se com a companheira Eunice Bastos, a mulher-carisma, um período de grandes transformações, baseadas na  afetuosidades , e estímulo ás criaturas, na alegria e espírito de comunidade em que lhe são características marcantes. Firmou o GFLM-Família (1980). Com a posso do nosso Luiz Barreto. O homem-exortação, o campo doutrinário é enriquecido pelas suas estimulantes exposições nas quais invariavelmente ouvíamos o “Vivas a Jesus” como “grito de amor” Iniciou a característica do GLFM-Escola (1981).

Voltando a nossa Eunice Bastos à direção, consolida o clima de família. Atuando com firmeza e determinação, contando com a inestimável colaboração dos nossos companheiros Carlos Bernardo Loureiro e Djalma Motta Argollo, tanto na área doutrinária como na mediúnica. Reafirmou o GLFM-Família (1982-1985). Numa seqüência natural, o grande amigo Djalma Argollo, o homem-saber, assume a coordenação do GFLM, imprimindo-lhes clima renovador de estudos, práticas mediúnicas de socorro e obsedados, e iniciando o ciclo de seminários nas datas de aniversário (1986). Firmou o GLFM – Assistência Mediúnica (1986-1989). Passando a administração para Manoel Messias, o homem-dinamismo, que manteve as tarefas em andamento e criou novos campos de trabalho, reorganizando coordenações, e incentivando o ingresso de novos colaboradores na seara do trabalho-amor, os quais criaram a Semana da Arte, a Semana do Evangelho e o núcleo de artes Elisio Dórea. Firmou o GFLM-Organização (1991-1993). Com muito júbilo para todos volta a nossa  Eunice Bastos, auxiliada pelo fiel André Napomuceno, o homem-serenidade, brilhando num trabalho incansável  para manter a integridade, o respeito e a confiança, nas diversas coordenações e seus respectivos trabalhadores.Firmou o GFLM-Tolerância(1994-1995). Nilza Mascarenhas a nossa querida mulher-abnegação (1996-1999).

Também nossa mulher-serena e Cativante Margarete Prates faz um brilhante trabalho em nossa casa. (2003-2005) nosso ilustríssimo Marcio Cardoso na sua primeira gestão, vivemos um GFLM amadurecido em vários aspectos. Sucedido por Célia de Almeida, mulher dinâmica que concentrou esforços no departamento de Ação Social. Em 2010 assume a coordenação Josetti Soares promovendo  uma reestruturação no departamento Mediúnico. Em seguida o nosso querido Fernando Barbalho que com seu carisma atraiu um grande número de colaborados para o trabalho da casa. Para o biênio 2016/2017, assume a coordenação da casa Nadja Ramos Silva que vem  dando ênfase aos cursos. “Espíritas Instruir-vos”. E assim segue o nosso GFLM consolidando seu nome no movimento espírita baiano, atendendo a variada gama de atividades doutrinárias, mediúnicas e assistenciais com mais de  28 equipes distribuídas  de segunda a sábado.

Todas as realizações, é claro, são frutos da colaboração e sacrifício de inúmeros “formiguinhas laboriosas e amoráveis” encarnadas e desencarnadas, a quem esta casa deve muito carinho, respeito e gratidão, reafirmando o que dizia Kardec: Trabalho, Solidariedade e Tolerância.

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Livro "O desconhecido"

https://books.google.com.br/books?id=UDpPBQAAQBAJ&pg=PA32&lpg=PA32&dq=elizio+da+rocha+dorea&source=bl&ots=_C-mJZzc3f&sig=xXu8cIN4UasK7eiwiQzPgeG8sS4&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjVhczCwpbZAhUGjZAKHWrrB68Q6AEIQDAE#v=onepage&q=elizio%20da%20rocha%20dorea&f=false



Um comentário:

  1. Caro Fábio Pires, este é um dos mais significativos trabalhos de resgate dos valores humanos no seio de nossa amada Doutrina Espírita, especialmente no que concerne ao movimento espírita baiano. Tenho aproveitado muito do que aqui se expõe. Grande abraço.

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