quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

NILSON DE SOUZA PEREIRA

biografia

No dia 21 de novembro de 2013, às 4h40min, na cidade de Salvador, Bahia, retornou a pátria espiritual NILSON DE SOUZA PEREIRA, incansável trabalhador da seara espírita, com inúmeras tarefas no bem. Sempre pensou no bem-estar das suas crianças, milhares que passaram pela Mansão do Caminho, obra assistencial fundada por ele e por Divaldo Pereira Franco.
De origem humilde, nasceu em 26 de outubro de 1924, no subúrbio ferroviário de Plataforma, em Salvador, sendo seus pais José Leocádio Pereira e Marieta de Souza Pereira. Foi bancário, telegrafista da Marinha e funcionário dos Correios e Telégrafos, onde se aposentou.
Sempre sereno, seguro, com um sorriso amigo para quem dele se aproximasse, granjeou amigos em todos os lugares. Tratava as pessoas com carinho imenso, deixando um rastro de amizade e tranquilidade por onde passava. Sempre tinha uma palavra amiga, uma observação carinhosa, um olhar terno.
Nilson e Divaldo, sob inspiração da mentora Joanna de Ângelis, fundaram inicialmente o Centro Espírita Caminho da Redenção, no dia  7 de setembro de 1947 e em 15 de agosto de 1952 a Mansão do Caminho, que teve o seu primeiro endereço na Rua Barão do Cotegipe,  124 no Bairro Calçada - Salvador. E, em 1955, os dois Trabalhadores do Bem, com a ajuda de muitos amigos (encarnados e desencarnados), compraram o terreno de 78.000m², no Bairro Pau da Lima - Salvador, onde está instalada essa grande obra de amor ao próximo, de fraternidade e de caridade aos que passam por situações adversas, e que ali encontram a esperança e a oportunidade de uma existência digna e feliz.
Tio Nilson, como era carinhosamente chamado, era um administrador nato que ajudou a erguer a Mansão do Caminho. Divaldo Franco na sua tarefa evangelizadora, viajando pelo Brasil e pelo Mundo e Nilson de Souza Pereira, na retaguarda, dando o apoio ao amigo inseparável na obra que os dois criaram.
Sempre trabalhador, após a sua aposentadoria, dedicou-se exclusivamente à Mansão do Caminho e ao Centro Espírita Caminho da Redenção, onde era encontrado  em atividade constante. Fosse na gráfica ou na coordenação de trabalhos no Centro Espírita, sempre com muita alegria e um sorriso amigo.
Nas reuniões mediúnicas, no trabalho de diálogo com os Espíritos que se comunicavam,  sua voz terna e cheia de amor os encaminhava para os mentores no trabalho de elucidação e atendimento fraterno.
Para seus interlocutores sempre tinha uma história para contar, dos tempos do pioneirismo da construção da Mansão do Caminho, naquele local muito afastado da cidade de Salvador. Falava do seu tempo de telegrafista da Marinha, quando, na época da Segunda Guerra Mundial, ficava vigilante, no litoral da Bahia, informando os navios que passavam na Costa. Das dificuldades encontradas e do cansaço que muitas vezes chegava antes do fim do dia, na construção da Mansão do Caminho. Mas, sempre terminava a narrativa com um sorriso maroto. Como quem sabia que nada o demoveria da sua tarefa.
Em 30 de dezembro de 2005, Nilson recebeu o título de Embaixador da Paz no mundo pela Ambassade Universelle pour la Paix, em Genebra, capital da Organização Mundial da Paz, braço da ONU, Suíça, concedido pelos relevantes serviços prestados à Humanidade, se constituindo no 206º Embaixador da Paz.
No entanto, seu maior troféu foi, com certeza, o sorriso amigo que recebia das crianças atendidas na Mansão. Esse, seguramente, lhe dava maior  satisfação, pois era o reconhecimento pelo trabalho executado. Mãos que agradeciam a ajuda recebida, personagens da vida que recebiam o fruto do seu esforço, retirando-os da miséria absoluta.
Quantas crianças foram atendidas e tiveram suas vidas preservadas não só pelo alimento físico, pelas roupas que cobriam seus corpos, mas pelo amor que lhes aquecia os corações e o sorriso que afastava a tristeza dos seus olhinhos infantis. Não há reconhecimento maior do que o sorriso de uma mãe agradecida ao ver seu filho atendido nas suas mais simples necessidades.
Os milhares de sorrisos de reconhecimento, foram levados pelo Tio Nilson no seu retorno à Pátria Espiritual. Ficamos imaginando a recepção que esse Espírito valoroso recebeu no seu retorno. A satisfação dos Mentores Espirituais, que lhe avalizaram a reencarnação, ao verem seu protegido ter cumprido sua missão neste planeta de provas e expiações, com tanta distinção.
Foram oitenta e nove anos de uma vida profícua, sobretudo pela exemplificação daquilo que nos mostra a Doutrina Espírita nos seus postulados iluminativos e consoladores. Fica o legado do trabalho desse amigo e companheiro para as futuras gerações que continuarão sendo atendidas pelos trabalhos assistenciais da Mansão do Caminho.
Tio Nilson, muito obrigado por ter convivido conosco e leve, em seu coração, nossa eterna gratidão pelo seu exemplo de vida.

Marco Antonio Negrão
Em 22.4.2014.

CHURCHILL COM OS ESPÍRITOS...


É exatamente com este título, que a Revista Reformador, na edição de Fevereiro de 1955, na página 32, que a Federação Espírita Brasileira fala da ligação do premier britânico com o mundo imaterial, tão pouco palpável e constante naquela época.
Segundo a revista, centenas de artigos assinados por ele, haviam sido consagrados, pela passagem dos seus 80 anos. Evocou-se em todos os quadrante do globo, a surpreendente carreira do estadista britânico, rica de recordações de toda espécie. poucos dos seus biógrafos improvisados, entretanto, revelaram sua paixão pelo Espiritismo. E o interesse que manifestou pela doutrina revelada por Allan Kardec, já datava de outras épocas.
Foi por ocasião da guerra dos Boers, que teve, com efeito, a revelação exata do outro mundo. Era então correspondente de guerra do "Morning Post" e se achava um dia perdido na África, sozinho, desarmado, ameaçado por muitos perigos. Instintivamente apelou para o seu Guia Espiritual com o qual havia travado relações alguns meses antes, quando começara a dedicar-se à ciência espiritual, sem todavia crer muito nela. O jovem jornalista, irresistivelmente guiado, sem grande trabalho encontrou o caminho e a segurança.
Depois desse dia, Winston Churchill, bem como seu colega na época, Mackenzie King, primeiro ministro canadense, nunca mais tomou nenhuma decisão grave sem consultar os espíritos, tornando-se adepto fervoroso da Doutrina Espírita. E foi, depois disso, um dos raros políticos que tomaram a defesa dos espíritas junto ao parlamento britânico.
Reconheceu igualmente que, em muitas circunstâncias, recorreu a seu guia antes de decidir sua conduta. Notadamente, durante a última grande guerra - segundo suas próprias declarações - teve mais de uma vez a ajuda de um poder estranho.
Churchill teve ocasião, em maio de 1950, de proclamar seu pendor para Doutrina Espírita, numa reunião no Victoria Hall, na qual tomaram parte outras personalidades políticas, como Stafford Crips, Clement Attlee e Herbert Morrinson.
Adaptado da Revista Reformador

https://www.facebook.com/centroespiritacasadeluz/posts/575176959182166

Néa Faro - Uma vida dedicada ao Espiritismo

http://tribunaespiritadesalvador.blogspot.com.br/2011/06/numero-16-pagina-4.html

Da Tribuna Espírita de Salvador

Néa Faro - Uma vida dedicada ao Espiritismo



Sob a inspiração do Espírito Manuel Philomeno e Miranda (foto), Néa Faro fundou, com um grupo de amigos devotados, o Centro Espírita que leva o nome desse Benfeitor, na comunidade da Polêmica, ali perto do Iguatemi. Foi presidente da Casa até o dia 23 de abril de 2011, quando passou o cargo a Anivan Nery. Chegada do Rio de Janeiro, onde atuou no C. E. Léon Denis ao lado de Altivo Pamphiro, ela colaborou por largo tempo nas atividades assistenciais da FEEB na Casa de Petitinga.



1Começo – O fato de terem chegado a mim os livros espíritas foi uma coisa muito boa. Eu achava que aqueles livros eram todos católicos! Eu não sabia... porque em todos eles estava escrito “obra mediúnica”, mas aos seis anos de idade eu não sabia o que era obra mediúnica e, como falavam só de espíritos bons, para mim todos os espíritos bons só poderiam ser santos. Eu lia, por exemplo, a vida de Neio Lúcio e dizia: “Ah, deve ter sido um grande santo!” A própria “Lídia” – é uma das primeiras obras mediúnicas espíritas, de José Surinach (espírito), completou um século essa obra – e eu achando que era a vida de Santa Lídia. Quando fui me confessar, católica que era, muito ligada à Igreja - eu era da Cruzada Eucarística -, o padre confessor me perguntou: “Menina, o que você está lendo?” Eu disse: “A vida de Santa Lídia!” Eu não sabia que não era a vida de Santa Lídia, essa Lídia era uma das primeiras cristãs do século I. Essas coisas assim deram muita felicidade à minha vida!

2Religiosidade – Aos 13 anos eu escrevi uma Ave-Maria, olhando o céu, porque todo domingo eu ficava, por volta das 18 horas, fazendo reflexão e olhando o céu. Era um hábito. E eu escrevi uma Ave-Maria baseada nesse talento que minha avó me deu. Minha avó não era cristã, era budista, mas me ajudou muito em meu entendimento da vida espiritual. Porque eu sempre tive uma vida muito espiritualizada, né? Afinal, eu era católica, lia a Doutrina Espírita e, além de tudo, também tinha que saber todas as coisas de minha avó, que era budista. Então eu transitava  por várias religiões, o que me ajudou muito a respeitar as religiões alheias, de todas as pessoas.

3Trabalho – Lembrando-me da “História do Espiritismo”, escrita exatamente pelo autor daquele... Conan Doyle! Sir Arthur Conan Doyle. Ele diz (pela boca de Sherlock Holmes, criação sua) que “todo criminoso volta ao local do crime”. Então, veja que coisa interessante! Quando me tornei adulta e já tinha poder aquisitivo, eu voltei Àqueles lugares onde morei quando pobre para fazer um trabalho de assistência social. Coisas assim, incríveis, que aconteciam em minha vida. E quando retornei, muitas daquelas meninas diziam: “Mas você, Néa, você não morava aqui? Você não era aquela menina que estudava no Instituto de Educação?” Eu disse: “É, mas eu não terminei os estudos porque queria ser professora”. Aí, uma outra dizia: “Então você me carregou no colo!” E eu: “Exatamente! Vovó fazia eu tomar conta das crianças!”

4Gestão de pessoas – A presidência desta Casa... eu nunca pensei em ser nada como presidente. Eu penso, sabe, que é um grupo de amigos reunidos para que a gente construa uma vida melhor, não somente para a gente, mas principalmente para aqueles que caminham conosco, nesta vida, aqui nesta comunidade. E quem dirige uma Casa Espírita terá que dirigi-la sempre com uma visão de uma pessoa que é uma ajudadora – e a ajudadora terá que ser uma mãe. A mulher já nasce mãe, e o homem terá que ser um pai dessas almas que chegam até aqui, porque todos nós que estamos na Casa Espírita somos almas muito, mas muito devedoras ainda à lei do Eterno Bem. Então, tudo que construirmos em prol de uma vida melhor, juntos, será melhor para todos nós.

http://almaespirita.blogspot.com.br/search?q=nea+faro

Nea Faro, já desencarnada, destacou-se nas lides espiritistas de Salvador (BA) desde que veio do Rio de Janeiro, onde nasceu, e aqui integrou-se às atividades promovidas pela Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) em sua sede histórica, hoje conhecida como Casa de Petitinga, localizada no Centro Histórico de Salvador. Na sede atual da FEEB, ela e outras companheiras desenvolveram ações no campo social atendendo às crianças de comunidades carentes do entorno. Logo depois, tendo recebido um imóvel por doação, transferiram esse trabalho para a comunidade da Polêmica, onde inaugurou-se a Casa de Oração Manoel Philomeno de Miranda, que Nea dirigiu até retirar-se, em razão de seu estado de saúde física, para São Paulo, onde vivia uma de suas duas filhas. O clima paulista não a favoreceu, porém, e, bastante debilitada, reornou a Salvador, onde desencarnou em 2016.